Aconteceu nesta segunda feira 22/09/2025, no fórum da cidade de Tamboril o julgamento de um tenente da Polícia Militar do Estado do Ceará, acusado de cometer 4 tentativas de homicídio no ano de 2000, dentro de um comércio no Centro da cidade de Tamboril.
Márlio Borges Cardoso, 2° tenente da Polícia Militar do Ceará, natural do Rio de Janeiro, nascido aos 10/05/1973, residente no Centro da cidade de Caucaia/CE, e o seu comparsa João Augusto da Silva Filho, 3° sargento da polícia militar lotado em Itapipoca, natural de Natal/RN, nascido aos 04/06/1967, residente no Conjunto Bom Futuro, cidade de Maracanaú/CE. Os dois PMs foram autores de um crime ocorrido em outubro de 2000, tendo como vítima o comerciante Juarez e outras três pessoas.
Consta nos autos do processo que na manhã do dia 18 de outubro de 2000, por volta das 7:00h, os dois acusados adentraram repentinamente no comércio da vítima Juarez Rodrigues Martins, localizado no Centro da cidade, e armados com armas de fogo passaram a efetuar disparos contra o seu proprietário atingindo o mesmo gravemente, bem como as demais pessoas que coincidentemente ali se encontravam, sendo elas; Leonardo Martins Veras, Antônia de Sousa Farias, e Francisca Chaves Lima, está última, esposa de "Juares" resultando no lesionamento de todas elas.
Ainda segundo consta nos autos, os elementos pessoas desconhecidas na cidade de Tamboril quando chegaram no comércio da vítima, já foram dizendo "Você vai morrer" e já foram efetuando vários tiros, culminando por atingir as demais pessoas.
Consta ainda que para chegar ao local de destino, ou seja, na cidade de Tamboril, os indivíduos utilizaram uma motocicleta Titan tomada de assalto em Fortaleza.
Após a ação criminosa na tentativa de execução, sem êxito, os indivíduos tomaram uma outra motocicleta de assalto da vítima Vicente Pereira do Nascimento, e fugiram, abandonando a outra motocicleta que havia sido roubada em Fortaleza.
Ainda consta no processo que a motivação do crime seria uma vingança, pois Juarez teria assassinado em 1996, um homem identificado por Edmilson Araujo Veras, pessoa está que tinha parentesco com o acusado João Augusto da Silva Filho.
Ainda consta nos autos, que os acusados foram presos em Flagrante entre os municípios de Santa Quitéria e Canindé, quando estes fugiram em um carro acompanhados de suas respectivas esposas.
Os dois homens foram presos, porém tempos depois foram colocados em liberdade e ficaram aguardando julgamento.
Dos dois Réus, o sargento João Augusto da Silva Filho acabou falecendo, restando vivo apenas o tenente Márlio Borges Cardoso.
O julgamento foi presidido pelo juíz Dr Silviny, e representando o ministério público estava o promotor Dr Guilherme Maia, enquanto que o advogado Dr Átila Bezerra estava representando a defesa do réu Márlio Borges Cardoso, o único a ser julgado, uma vez que o seu comparsa já é falecido.
O júri teve início por volta das 9h30min e terminou por volta das 13h30min.
O promotor Dr Guilherme Maia pediu a condenação do Réu, o qual não compareceu ao julgamento. Já o advogado Dr Átila Bezerra, indicado pela justiça para fazer a defesa do Réu, se posicionou favorável à tese do representante do ministério público que pedia a condenação do policial militar, tese está que foi acatada pelos jurados os quais acabaram votando pela condenação da Márlio Borges Cardoso que foi sentenciado a uma pena de 29 anos de prisão, inicialmente no regime fechado, além de perda da função púbica (perda do emprego da PM/CE). Em seguida, o juiz Dr Silviny decretou a prisão do policial militar que a partir de agora passa a figurar como procurado pela justiça.
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