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CASO DIOLINDA: 12 ANOS DE ESPERA POR JUSTIÇA.

Diolinda.

Neste domingo 11 de junho de 2023,  Ipaporanga relembra um dos acontecimentos mais tristes e covardes de sua história, que foi bárbaro crime contra a vida da senhora Diolinda.  Passaram-se 12 (doze) anos do terrível acontecido,  sem que os assassinos tenham sido devidamente desmascarados e punidos pelo Estado.

A vítima MARIA OLINDA PEREIRA FARIAS,  carinhosamente conhecida por DIOLINDA morava na Rua Raimundo Evaristo,  em Ipaporanga.  Era uma senhora com mais de 50 anos de idade e portadora de deficiência. A mesma residia com os seus pais adotivos, Sr. Cicero Carlos e dona Neném (atualmente falecidos). Era uma pessoa muito conhecida e muito querida por todos, devido o seu jeito de ser, sua inocência e simpatia.

Diolinda gostava de festas e como era de costume,  sempre voltava para casa sozinha,  pois era uma pessoa querida por todos e não tinha inimizades. Sem contar que acreditava viver numa cidade tranquila onde nenhum mal poderia lhe acontecer. Ocorre que na madrugada do dia 11 de junho de 2011, DIOLINDA voltava de uma festa que estava acontecendo no Bairro da Central em Ipaporanga e em pleno Centro da cidade,  quando passava pela Avenida Dona Vitorinha foi atacada por indivíduos que lhe arrastaram para um local entre umas casas (beco) e lá  lhe espancaram, torturaram,  estupraram e mataram da forma mais perversa,  covarde e brutal.  Possivelmente,  os assassinos de DIOLINDA estariam sob efeito de algum tipo de droga, pois é difícil acreditar que um ser humano em sua plena consciência fosse capaz de fazer uma monstruosidade daquela natureza contra uma pessoa tão indefesa e inocente como era a Sra. DIOLINDA. 

A notícia do crime chocou a todos e a cidade de Ipaporanga viveu um de seus dias mais tristes, pois foi um fato macabro, considerando a forma cruel como ocorreu, sem contar que a vítima era muito querida por todos.

O acontecimento foi bastante comentado em rádios,  blogs e até mesmo na imprensa estadual.  A grande repercussão chamou a atenção de equipes da imprensa,  fazendo com que equipes de televisão de Fortaleza se deslocassem a Ipaporanga para realizar reportagem sobre o caso.  Esteve em Ipaporanga a equipe do programa COMANDO 22, da TV Diário, fazendo a cobertura do caso. 

O crime foi cometido com tamanha brutalidade e crueldade,  que algumas pessoas que chegaram a ver os estado em que foi encontrado o corpo,  desenvolveram problemas de saúde em razão de terem ficado com o psicólogo abalado com a cena.  

Além de espancada e estuprada pelos monstros,  a vítima ainda teve objetos como pedaços de madeira introduzidos em suas partes íntimas. Inexplicável tamanha maldade dos assassinos. 

Na época,  autoridades da policia civil relataram que a perícia realizada no IML teria constatado uma violência fora do comum e que a brutalidade foi tão grande que não poderia ter sido cometida por uma única pessoa, ficando comprovado que foi mais de um assassino.

A população de Ipaporanga ficou aterrorizada com o crime, tendo havido até mesmo uma mudança na rotina das pessoas. Isto pelo fato de se saber que naquele lugar  existiam monstros capazes de cometer tamanha atrocidade. Mesmo com tamanha repercussão,  os assassinos não foram presos.

Relatos de que os assassinos deixaram muitos vestígios no local do crime,  mas como não houve o devido cuidado de isolar o local para uma perícia,  muitas provas foram comprometidas.

Na época,  foram realizadas manifestações e passeatas onde a população de Ipaporanga clamou por justiça pelo crime da DIOLINDA.  Fizeram um abaixo-assinado, tendo o documento sido entregue as autoridades da Secretaria Público do Estado.  

Até hoje,  ninguém foi denunciado pelo Ministério Público Estadual e até hoje a população de Ipaporanga convive com a impunidade. Até mesmo os pais da vítima faleceram sem que tivessem tido alguma resposta por parte da polícia e da justiça. 

Segundo comentários,  após a morte de Diolinda,  o estado de saúde de sua mãe se agravou, tendo a idosa falecido pouco tempo depois.  

Até pouco tempo, sempre que se aproximava essa data, era comum a gente ver faixas espalhadas por alguns pontos em Ipaporanga,  com pedido de justiça pela morte da DIOLINDA.  Com o tempo e a sensação de impunidade,  as pessoas ficaram mais desmotivadas e já não se ver mais essas faixas espalhadas pela cidade. 

É revoltante que um crime tão bárbaro praticado contra uma cidadã como a Diolinda venha a cair no esquecimento da população e das autoridades e fique na total impunidade.

A população de Ipaporanga não pode aceitar que crimes perversos como aquele praticado contra a saudosa Maria Olinda Pereira Farias caia no esquecimento,  pois é exatamente isso que os culpados querem.  

A senhora Maria Olinda Pereira Farias foi homenageada pelo poder legislativo de Ipaporanga,  tendo sido colocado o seu nome na  Tribuna daquela Câmara Municipal.  A contradição é que não se tem um registro, sequer, de qualquer dos vereadores utilizando essa tribuna para cobrar das autoridades uma explicação e uma agilidade no desfecho sobre a autoria do crime que vitimou essa cidadã.

É importante que a população de Ipaporanga se mobilize para cobrar do Ministério Público e das autoridades policiais. Também é importante que toda e qualquer informação sobre o caso seja informado a autoridade policial na Delegacia de Polícia Civil de Crateús,  responsável pelo inquérito que apura o crime da morte da DIOLINDA.  

A população de Ipaporanga não deve perder a esperança de ver os assassinos atrás das grades por tamanha atrocidade.  Somente com a mobilização da sociedade é que se pode chegar a elucidação do crime com a prisão dos assassinos, pois não existe crime perfeito e a verdade sempre prevalece.

A população tem que se conscientizar, que monstros  como esses que foram capazes de fazer o que fizeram com a Diolinda não são dignos de conviver com ninguém.  Eles são umas ameaças a todos nós,  as nossas famílias,  as nossas crianças,  aos nossos idosos.  Por isso,  vamos lutar por justiça.  

Sabemos que esses indivíduos cruéis não vão escapar da justiça de Deus,  mas é muito importante que também seja feita a justiça dos homens por meio do Estado. 

Ficam os nossos lamentos pela ausência de uma cidadã tão inocente, divertida e pura de coração.

Senhor Cicero Carlos e dona Neném,  pais de Diolinda.
Local do crime.

Manifestação na época.

 

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